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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fluor: Mitos e verdades

Há mais de meio século, o Brasil começou a programar a estratégia de maior sucesso usada em saúde publica no mundo para o controle da cárie dentária: a adição de flúor ao tratamento da água de abastecimento público.

Os professores-doutores Jaime Aparecido Cury e Livia Maria Andaló Tenuta, ambos da Faculdade de Odontologia da Unicamp, esclarecem algumas dúvidas sobre o assunto, na palestra Flúor: mitos e realidade de seu uso coletivo, pessoal, profissional e das suas combinações. Abaixo, algumas questões ligadas ao flúor, que geram perguntas entre profissionais e leigos.

O que é - O flúor é uma substância natural encontrada largamente na natureza na forma de gás, de ácidos e de minerais, e que tem sido usada mundialmente na prevenção de cárie dentária.


Atuação - A cárie é provocada por dois fatores: a organização de bactérias bucais na superfície dos dentes (formando a chamada placa bacteriana) e a exposição frequente à açúcares da dieta. O açúcar é transformado em ácidos que dissolvem os minerais dos dentes por um processo chamado de desmineralização. Se o flúor estiver presente na boca ele reduz essa condição e ativa a remineralização dos dentes reduzindo o efeito final do processo de desenvolvimento de cárie.

Aplicação de flúor - Existem meios coletivos, individuais, profissionais e suas combinações. A fluoretação das águas de abastecimento público é um meio de uso coletivo do flúor no Brasil. Uma lei federal determina que as cidades com estação de tratamento devam fluoretar a água. Os meios individuais incluem dentifrícios e soluções para bochecho diário. Há produtos para a aplicação profissional e materiais restauradores liberadores de flúor. A aplicação de flúor pelo cirurgião-dentista é recomendada para pacientes que não fazem auto-uso de flúor, quer seja por questão de comportamento ou deficiência física ou mental.
Concentração - A concentração de flúor a ser adicionada na água é feita segundo cálculo matemático que considera a temperatura média anual da localidade. Se as pessoas bebem mais água porque está mais calor, a concentração do flúor na água deve ser menor. No Brasil, por ser um país tropical, a concentração "ideal" de flúor na água da maioria das cidades é de 0,7 ppm (mg/L).
 
Aumentar ou diminuir? - Em locais com alta prevalência de cárie, uma maior concentração de flúor não é indicada porque irá aumentar a fluorose dentária - único efeito colateral da água fluoretada, que ocorre durante a formação dos dentes. A fluorose é percebida pelo aparecimento de linhas brancas transversais nos dentes. Já uma menor concentração reduz o efeito anticárie do flúor.

Benefícios - Mesmo quem não consome água de abastecimento público fluoretada é beneficiada, porque geralmente cozinha com essa água. Assim, refeições com arroz-feijão cozidos, por exemplo, com água fluoretada chegam a ser responsáveis por 50% da quantidade de flúor ingerido por dia.

Crianças - O flúor em creme dental é essencial para controlar a cárie. A criança que não usa dentifrício fluoretado estará sendo privada do benefício anticárie do flúor. Para diminuir o risco de fluorose, deve-se se usar uma pequena quantidade (igual a um grão de arroz cozido) de dentifrício de concentração convencional (1000-1100 ppm de flúor) e a escovação deve ser supervisionada pelos responsáveis pelas crianças até que elas dominem esses cuidados, um processo educativo como qualquer outro.

Fonte: PARANÁ ONLINE  / Odonto Sites

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